Micróbios podem ajudar a identificar criminosos sexuais



Um novo estudo sugere a possibilidade de uma nova alternativa ao teste de DNA humano. Comunidades microbianas que vivem nos pelos pubianos podem ser utilizados para traçar um perfil criminoso. O estudo se baseia na transferência de bactérias entre  a vítima e o criminoso durante o ato libidinoso e em casos em que não há evidência de DNA para ser recuperado.
De fato, diferentes comunidades microbianas vivem em diferentes áreas do nosso corpo. Por exemplo, nosso trato intestinal abriga uma microbiota que auxilia na digestão de alimentos, enquanto a pele abriga bactérias e fungos que ajudam na proteção contra infecção.
Embora nós compartilhamos alguns micróbios com nossos amigos, parentes e vizinhos, há diferenças significativas entre as comunidades microbianas de cada pessoa. Os cientistas, portanto, podem estabelecer um perfil bacteriano único para cada pessoa.
Durante o estudo foram coletadas amostras dos cabelos dos escalpos e dos pêlos pubianos de 7 pessoas, 3 homens e 4 mulheres, sendo que dois eram casais. Os resultados mostraram que a comunidade bacteriana nos pêlos pubianos eram que apresentaram a maior diversidade de variedades e, ainda, que cada pessoa tinha um perfil distinto de bactérias.
Embora o perfil bacteriano tenha se mantido distinto entre os indivíduos durante os 5 meses de avaliação, em um dado momento observou-se que um dos casais apresentavam mais semelhanças. Isto porque eles tinham mantido relações sexuais 18 horas antes da coleta do material!!!!! Assim ficou comprovado mais uma vez a regra máxima do pai da criminalística Edmond Locard, "cada contato deixa uma marca" ou no caso, uma comunidade de bactérias.

Fonte:http://www.medicaldaily.com/forensic-science-update-microbes-may-help-link-predator-sexual-assault-absence-dna-314448

Artigo Tridico SR, Murray DC, Addison J, et al. Metagenomic Analyses of Bacteria on Human Hairs: A qualitative assessment for applications in forensic science. Investigative Genetics. 2014.

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